domingo, 27 de novembro de 2011

Encontro no Rincão Gaia - Texto da professora Carmem Lucia

O RINCÃO GAIA
PELOS CAMINHOS DO RINCÃO

O Rincão Gaia é um espaço de revitalização proposta por José Lutzenberger seu fundador, para cicatrização das feridas deixadas a partir da exploração das jazidas de basalto.
É uma unidade de produção familiar de agricultura ecológica e transformada em escola de ecologia a céu aberto. O local é um Centro de Educação Ambiental e sedia cursos e seminários, além de hospedagem e alimentação.
Casa Comunal
É um espaço das relações a partir da observação da natureza. A contemplação.

A Teoria de Gaia- faz a relação que a terra é um grande organismo vivo de produção de energia onde no princípio tudo era o silêncio, depois, a explosão, seguida do caos. A ordem se estabelece com Gaia, a Deusa Primordial e seus filhos.

A ordem sistêmica das relações pode ser percebida em todos os locais do sítio: as formas circulares bastantes presentes não competem com a natureza, estabelecendo a harmonia; a presença do elemento água nos lagos e banhados segue com capacidade vital de reverter os impactos sofridos ao mesmo tempo em que atenuam as temperaturas e oportunizam com seus nutrientes outras vidas em seu interior e no entorno.
Banhadinho
O solo demonstra a capacidade da terra de guardar suas sementes e em determinado momento brotar, formando as vegetações pioneiras típicas de áreas do Pampa e alimentado por águas da chuva e lençol freático; neste ciclo de vida surgem os répteis, insetos e mamíferos completando o círculo da vida. Não se esquecendo do grande Irmão Sol que libera grande energia para transformar a vida que segue.
Plantas carnívoras

Dessa forma, onde todos estão interligados, homem e natureza, a biodiversidade de elementos é visível. Vários jardins de rara beleza, espécies silvestres complementam.
Flor de Cactos

Percorremos vários caminhos do sítio neste dia de encantamento. E uma parada se faz necessário, em círculo, para observação, distribuição de poder, equilíbrio, ouvir o silêncio e obter respostas para o conhecimento, atitude muito comum entre os povos indígenas. A construção onde descansamos é uma homenagem as comunidades tradicionais e aos camponeses.

O bosque ou jardim, planejado ainda em vida, rico em nativas, animais e minerais, foi caminho de tropeiros e palco de projetos e reflexões, para Lutzenberger, que com 75 anos, humildemente abandona a roupa já usada e transforma-se em partícula e nutriente para a Terra. Leva somente o essencial. E o ciclo continua...

José Lutzenberger


Encontro do Fórum Permanente do Meio Ambiente, realizado em 1 de novembro de 2011. Trabalho realizado conforme relatos de Maria Fátima, Bióloga e Cientista e anfitriã do Rincão Gaia.
Para Magali Reis/Escola Canadá -“Hoje tive uma experiência nova: a contemplação deste mundo chamado Gaia. Que a energia que todos sentimos neste lugar ultrapasse as barreiras que nós mesmos impomos no dia a dia.”
Um grande abraço! Agradeço ao momento e o espaço GAIA.
Carmen Lúcia Dorneles/ Escola Osvaldo Camargo

domingo, 9 de outubro de 2011

Relatório do VI encontro

Fórum Permanente de Educação Ambiental
Relatório de Vivências na Escola de Ensino Fundamental Canadá/Viamão

O presente relatório é decorrente de experiências vivenciadas no sexto encontro do Fórum Permanente de educação ambiental proporcionado pela 28°CRE (Coordenadoria Regional de Educação), no dia 09/09/2011 na escola acima citada.
Comum aos participantes é a acolhida recebida pelos parceiros em todos os encontros. Na Escola Canadá, fomos acolhidos pela atual diretora Srª. Patrícia de Oliveira que gentilmente nos desejou boas vindas e fala que é muito bom abrir a escola para receber visitantes. A alegria também pode ser percebida na pessoa da professora Magali Gotz que também nos recebe.
A Escola
A Escola Canadá possui aproximadamente 400 alunos, sendo alguns internos e outros que permanecem somente durante o dia. Possuem 15 unidades educativas, onde todos os alunos passam no decorrer do ano, com atividades curriculares. Possuem uma agroindústria onde a produção é revertida totalmente para a escola, há processamento de queijos, iogurtes e rapaduras, dita por muitos, serem as mais gostosas já degustadas, incluindo eu. Possuem a horta escolar de produção orgânica que complementa as refeições dos alunos. Segunda a diretora, são auto-suficientes.
A proposta para o dia
Tínhamos como tema para esse dia que cada participante deveria levar uma muda de planta medicinal e pesquisar as principais características de cada uma.
Foram levadas 23 plantas, sendo descritas suas características e funções. Entre as principais características destacaram-se as formas de utilização das mesmas, incluindo o conhecimento científico e popular. A utilização das mesmas pode ser em forma de chás calmantes, antiflamatórios, óleos, em travesseiros, xaropes, cosméticos, xampus, pomadas, saladas e em forma de condimentos, segundo relato dos integrantes.
Mais uma vez um grande círculo se formou proposto pela professora Olga Justo, organizadora do FPEA e diz: “uma vez formada a roda ela jamais se desfaz”. Assim, cada participante com sua planta a leva para o centro do círculo, formando um espiral de ervas.
Eram mudas de: tomilho, alfazema, poejo, alecrim, hortelã, radite do mato, anis, alcachofra, capim cidró, melissa, malva, manjericão, funcho, pimenta e um chuchu. Muita fala sobre as plantas surgiram; a hortelã em tempos atrás era usada como perfume, o anis como sendo planta que dá para quase tudo e o cultivo do manjericão na recepção de hospitais e outras.
Entre os convidados para palestrarem no dia, tínhamos a presença da Sra. Neuza Herbert que nos proporcionou fazermos outras leituras sobre a prática com as medicinais, eram palavras de sabedoria. “A mandala em forma de espiral representa o processo de mudança social. Esse momento com a planta medicinal não é somente um gesto, é guiado pelo coração, há uma organização do Planeta; é assim que se forma o espiral com as plantas medicinais.”
A professora Olga ainda acrescenta: “As plantas possuem mais um elemento que pode ser percebido pelo aspecto físico dela. O que cura é a parte energética da planta, que pode ser materializado em forma de defumações e chás.”
A professora Magali diz que para ela esse momento, onde se fala do poder medicinal das plantas a levou a memórias; sua mãe sempre falava da importância de ter em casa um pé de pimenta, que essa era capaz de repor as energias ao homem e que tinha a capacidade de eliminar as energias negativas dos ambientes.
“A água relacionada ao portal do Sul traz á memória da vida, o legado deixado e presente em nossa bagagem, retomado. O elemento água nos reporta.” Diz Neuza.
Como parte ainda das atividades propostas pelo Fórum, assistimos relatos referentes aos artigos do grupo Amarelo, Lilás e Azul Claro.
Tivemos o depoimento da professora Viviane de Fraga, das ações sobre o meio ambiente realizado na aldeia indígena, E.E.E.F. Karaí Nhe´e Katu, incluindo atividades de composteira, minhocário, horta, canteiro de chás e classificação das árvores nativas da comunidade; o artigo do Grupo Amarelo: Poluição Visual e Sonora, A Importância do Cultivo e Uso das Plantas Medicinais do Grupo Lilás e Aproveitamento de Sobras de Alimentos do Grupo Azul Claro, que nos presenteou com bolos e geléias da cozinha experimental dos companheiros de grupo (bolo de laranja, empadão de talos, docinhos, geléias e outros).
Neste dia tivemos também a presença da Sra. Anelise G. Stifelman, Promotora Pública do município de Viamão, representando o Ministério Público, e apresentou alguns dos temas mais emblemáticos ambientais do município, incluindo questões referentes à produção e descarte de resíduos sólidos e os impactos das mineradoras ao meio ambiente e as comunidades do entorno.
Apesar da chuva e a umidade, saímos para o pátio da escola para conhecer algumas ações escolares incluindo a área destinada para a separação de resíduos recicláveis, a compostagem e minhocário a partir dos orgânicos, o professor Paulo da Escola Canadá acrescenta: “Devemos reciclar nossos pensamentos”. Fomos ao relógio do corpo humano cultivado com plantas que estão relacionadas ao melhor horário de assimilação da cura pelo organismo e no refeitório um ótimo almoço na companhia dos alunos e professores nos foi oferecido, além do lanche.
O encerramento foi realizado pelo Grupo Azul com o seguinte tema: Vamos Entrar no Clima? A proposta do grupo nos os levou a muitas reflexões. Foi muito bom.
O encerramento
Um grande círculo se forma e alegremente cantamos e desejamos Parabéns à professora Olga Justo que havia celebrado mais um aniversário naquela semana. O Grupo laranja aproveita para dizer que ficamos felizes por ter você nessa caminhada terrena, nos proporcionado conhecimento, alegria, partilha e companheirismo. Parabéns!
Neuzinha, como é conhecida por alguns, inicia o encerramento do dia dizendo que a educação transformadora se realiza dessa forma. “A mandala espiral é o símbolo dialético que representa a transformação, mudança: a força do simbólico perpassa a ecologia profunda, devemos ficar atentos a simbologia. É um paradigma diferenciado na caminhada de auxílio ao Planeta, no processo de cura.”
O livro, As Cartas do Caminho Sagrado de Jamie Sams foi lida. Carta de número 18.

Roda do Arco Iris.
Roda do Arco-Íris, doadora de vida
Com tuas chuvas purificadoras.
Unindo todas as cores, os Filhos da Terra
Voltarão a andar em Paz.
Roda do Arco-Íris, anuncias
Que os teus Guerreiros já estão em pé,
Irmãs e Irmãos em Harmonia,
A tua luz em seus olhos.
Roda do Arco-Íris, toca os nossos corações,
E nós por certo voaremos. Não sós ou separados,
Nossas cores rodopiando no céu.


“A idéia de totalidade na simbologia do Arco-Iris é em forma de espiral.”
Para finalizar o dia, o movimento foi colocado na roda. “Esse movimento fortifica a célula da mandala, que somos nós mesmos.”

Relatos dos participantes e lições do livro (carta de n°18) citado acima.
Um braço de bicho preguiça!
Carmen Lúcia Dorneles – E.E.E.M. Osvaldo Camargo/Cachoeirinha

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Jardim produtivo e construção da colcha no VII encontro do FPEA




VII Encontro do FPEA - Sitio pé na terra em Lomba Grande /NH

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Encontro em Glorinha/Agosto




No circulo, cada um traz a energia de uma medicinal para a espiral

Apresentando as ações desenvolvidas na Escola

Apresentação dos grupos

Montagem da colcha

Encontro de junho no assentamento filhos de Sepé em Viamão

Formação de setembro na Escola Canadá/viamão

Maquiné - Saida de campo

Recanto da Mata
O texto foi realizado a partir da saída de campo organizado pela CRE- Gravataí, no Fórum de Educação Ambiental ao Recanto da Mata, localizado no município de Maquine/RS, na área rural, em morros de ondulações suaves, na Mata Atlântica, e fazendo parte da Serra Geral do Sul do país.
A propriedade possui 10 hectares de terra, ocupando apenas 1hectare para atividades nos moldes da agroecologia e permacultura, o restante são áreas de conservação permanente, intocável, ou seja, obedecem as leis ambientais da região. Seus moradores, o casal, Marcelo Tchieli e Ivânia que moram neste recanto há 12 anos, transformaram esse espaço da forma criativa, sem agressão a natureza. Um olhar mais acurado sobre a propriedade se percebe possibilidades de viver em harmonia com todos os seres. É sem dúvida um dos espaços mais emblemáticos, no que tange ao equilíbrio ecológico, do município de Maquiné.
Nossa chegada foi recepcionada pelo casal e por um belo beija-flor!
As rodas ou círculos representam a totalidade. O círculo é o símbolo do Sol, do Céu e da eternidade. No simbolismo ancestral o círculo é o símbolo do espaço infinito, sem começo e sem fim, e para início de nosso encontro uma grande roda se formou com a presença do elemento fogo no centro do círculo e assim teve início naquela manhã gelada a quarta etapa do fórum. Formamos um grupo de 54 pessoas corajosas e com grandes expectativas em relação ao restante do dia, sem frustração de expectativas. O grupo laranja organiza para esse momento, a mensagem de que devemos ser positivos em nossas vidas, que demandar energia positiva é criar uma visão construtiva, amorosa e otimista para melhor atuar neste mundo, enfim... "Ter uma vida positiva é viver com sabedoria e em plenitude nos mundos físicos, mental e espiritual."
Animais do Recanto:
Muitas espécies de animais típicos daquela região podem ser encontradas no Recanto da Mata, com destaque temos: tucano, saracura, gambá, tamanduá, tatu, caninana, bugio, pica-pau amarelo, pica-pau vermelho, quati, jararaca, caninana, irara, condor, anhambu, graxaim, chororó, caranguejeira, lagarto, gralha azul, preá, jaguatirica, caranguejo, araquã, tartaruga, sapos, pererecas, macaco prego, guaiquica e outros, os mesmos contribuem para manter o equilíbrio da mata e dar um colorido e som especial ao lugar.
A Sustentabilidade do Recanto:
Vários espaços foram organizados no Recanto da mata, com ajuda de amigos, familiares e proprietários, com destaque ao Marcelo Tchieli, que magistralmente realiza atividades como se fosse "o professor pardal," respeitosamente apelidado por alguns participantes. As atividades incluem o reboco de argila na casa da família com reaproveitamento de óleo de cozinha e madeiramento a base de árvores de uva Japão (retiradas da natureza em meses que não levam R e em lua minguante); telhado verde com plantações de boldo por ser mais resistente e com funções de refrescar o ambiente; uma varanda térmica voltada para onde o sol nasce à base de garrafas pet; um biodigestor para reaproveitamento do gás metano e o lodo utilizado como alimento para solo na agrofloresta; galão para captação da água de chuva, sala de apresentação dos bonecos de pau; sistema de ar condicionado natural frio e quente; afiador de faca a base de pedais; liquidificar manual com duas funções, liquidificar e espremer de alimentos, o qual fez muito sucesso; placa solar para secar chás e secador de bananas. Encontramos ainda a Trilha da Saracura, Trilha do Bananal (não pode ser realizada por estar muito úmida), mangue, espiral de ervas, estufa-viveiro de frutíferas, composteira de onde retiram húmus para o jardim; vasos e esculturas a partir do reaproveitamento de resíduos (botas, lâmpadas, utensílios de cozinha e etc.), cozinha coletiva com fogão de barro que aquece o chuveiro; banheiro seco com reaproveitamento da decomposição, sem cheiro; Cabana Grande para hospedagem, Cabana Gaulesa que no momento hospeda uma família de caninanas.
Sistema Agroflorestal
Agroflorestas: apresentam uma composição bastante diversificada, envolve espécies arbustivas, entre as quais espécies silvestres e agrícolas perenes. Nas agroflorestas, muitas árvores e palmeiras são plantadas pelo homem e criadas em áreas de recuperação. São permanentes e manejadas de forma sustentável. Em nossa saída de campo pudemos visualizar o processo que se compunha de árvores nativas e plantio de pés de chuchus, palmeira juçara, laranjeiras, goiabeiras, batata cará, inhame, pés de café, bananeiras, etc. além das flores que ornamentam com variadas cores o ambiente e as muitas plantas aromáticas distribuídas pela propriedade, as quais despertam o nosso olfato, comentadas por Ivânia no percurso realizado pelo grupo. Era poejo, manjericão, citronela, hortelã e outros.
As roças
O plantio de várias culturas devido à elevação do terreno é realizado em forma de escadas ou patamares fazendo que os nutrientes do solo se mantenham. As introduções de árvores de porte maior próximo aos cultivos seguram as geadas: são goiabeiras, abacateiros, laranjeiras, ameixeiras, guabirobas, araçás e outras. Pés de ananás, chás e abacaxis são introduzidos estrategicamente para não permitir que ervas daninhas cresçam na plantação. Dos ananás é produzida a bebida champanha e chimias para comercialização. Entre os cultivos destacam-se: aipim, cana-de-açúcar, batata doce, milho avatieté (colorido). Essas áreas possuem vários laguinhos (controladores biológicos naturais), para rãs, sapinhos e outros, para manter dessa forma equilíbrio nas plantações. Realiza rotação de culturas para descanso da terra e adubação verde com a ervilhaca. Há o consórcio de plantas como o de aipim e feijão (raiz profunda e raiz curta, nas bordas dos canteiros podem ser plantadas abóboras e morangas que crescem para fora, se espalham pelo mato. Tchieli diz: "O segredo da agricultura é ocupar todos os espaços, dessa forma não nasce daninhas e por três meses não precisa minha interferência."

Alimento Sagrado
Muitos alimentos foram socializados neste dia como laranjas, bergamotas, maças, uvas, bolos, sanduíches, frango na grelha, pães, lingüiça, bolinhos e vários outros. Tivemos os cardápios de destaque do dia; o bolo de milho da Jaqueline, pizza do Felipe, bolo com casca de banana e torta de abóbora da Silvana (trouxe a receita para partilhar) e a torta de legumes da Olga. A qualidade, geral, dispensa hierarquia, todos os quitutes estavam excelentes. Tivemos ainda chás, sucos e finalizamos com um cafezinho ecológico.
Palavras de Poder
A roda mais uma vez se forma no espaço sagrado do Recanto da Mata e magicamente os corações falaram proferindo palavras de poder: paz, equilíbrio, amor, criatividade, sustentável, agradecimento, natureza, coragem, comunhão, engenhosidade, harmonia, renovação e outras que com certeza ficaram registradas no coração de cada um dos presentes.
No final do dia já estávamos cansados e sujos, mas felizes e realizados por mais uma experiência e vivência, retornamos aos nossos lares, mas já na expectativa de chegar logo nosso próximo encontro.
Relatos de Participantes:
"COMPROVAMOS DE COMO É POSSÍVEL CONVIVER HARMONIOSAMENTE COM A NATUREZA NESTA VISITA AO RECANTO DA MATA". Ricardo-Gravataí
"O DIA FOI MARAVILHOSO, MAS O QUE FECHOU COM CHAVE DE OURO FOI A PRESENÇA INESPERADA DA AVE TUCANO, QUE PARECEIA ESTAR DIZENDO: ESTA É MINHA CASA!" Ilda – Viamão
"O DIA FOI INSPIRADOR; SABER QUE EXISTE PESSOAS QUE VIVEM DESTA FORMA NÓS DÁ MAIS ÂNIMO PARA CONTINUARMOS O TRABALHO!". Débora-Cachoeirinha
"OS ENCONTROS NOS REVIGORAM, NOS DÃO MAIS ENERGIA. HÁ TROCA DE IDEIAS, QUE SE FAZ NECESSÁRIO EM QUALQUER PROFISSÃO, PRINCIPALMENTE NA NOSSA. O ENCONTRO DE HOJE, ENTRE O DIVINO E O HUMANO RENOVA A NOSSA FÉ!" Magali dos Reis – Viamão
"O DIA DE HOJE FOI MUITO PROVEITOSO, APRENDI MUITAS COISAS, PRICIPALMENTE A MANEIRA DE SE VIVER COM SIMPLICIDADE, VIVER A SUSTENTABILIDADE. MAS TAMBÉM FICOU EVIDENTE QUE A LEITURA E A CRIATIVIDADE DEVEM ANDAR JUNTAS. A TROCA DE ENERGIA ENTRE OS SERES É UMA EXCELENTE MANEIRA DE VIVERMOS MELHOR NESTE PLANETA". Wagner - Gravataí
"O CONTATO COM OS SERES HUMANOS E A NATUREZA REVIGORAM MINHAS ENERGIAS PARA SEGUIR A CAMINHADA."! Lucia- Cachoeirinha
Obrigada!
Carmem Lucia Dorneles/Grupo Laranja
Junho/2011.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reportagem sobre o III encontro

Aconteceu no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, nesta quinta-feira (2), o III encontro do FPEA.   A atividade  aconteceu em parceria com o assentamento   e marcou a semana do Alimento Orgânico, celebrado em todo o país.
O evento começou cedinho e os visitantes foram recebidos com um delicioso café colonial, preparado com  produtos do produzidos no próprio assentamento. "Nós queremos que os professores vivenciem diferentes realidades, que provem alimentos livres de agrotóxicos e reflitam sobre a importância de também promover vivências com seus alunos, sendo atores fundamentais na multiplicação, no resgate e produção de conhecimentos", destaca a professora Olga Justo, uma das coordenadoras  do Fórum Permanente de Educação Ambiental.
Segundo ela, o Fórum foi criado em abril deste ano e de lá para cá já realizou três encontros com o objetivo de estimular o ensino de práticas ambientais nas escolas.   “São os professores que vivenciam a realidade da escola no dia a dia e, por isso, são atores fundamentais na multiplicação de conhecimentos", reforça Olga.
A coordenadora da 28ª CRE, Rose Mary Freitas, explica que a idéia do grupo é envolver educadores de todas as áreas. "Não queremos que o tema do meio ambiente fique restrito apenas aos professores de ciências e biologia. A sustentabilidade é uma responsabilidade coletiva, que passa inclusive pela alimentação dos alunos, e o Fórum tem se constituído como um espaço importante para a troca de experiências e elaboração de propostas".
Sustentabilidade na prática
Ainda pela manhã, os professores foram conhecer a horta do assentamento e participaram de painéis sobre temas relacionados à organização dos trabalhadores rurais, alimentação escolar de qualidade e legislação sobre transgênicos e uso de agrotóxicos. Participaram dos painéis o deputado estadual Adão Preto, o secretário de educação de Viamão Belini Romanzini e o agrônomo integrante da CTNBIO Leonardo Melgarejo.
Integrante do Fórum desde o primeiro encontro, o professor de Biologia Maurício Dias de Oliveira está satisfeito com a atuação do grupo. "É importante sair do campo teórico e visitar lugares como esse, onde a preocupação com a sustentabilidade está sendo colocada em prática", argumenta.
Na avaliação de Maurício, a união dos professores é o melhor caminho para avançar na preservação do meio ambiente a partir da comunidade escolar. "A primeira coisa que tivemos que fazer como lição de casa foi identificar as possibilidades da atuação nas nossas escolas. No colégio onde eu trabalho percebi que um tema importante de ser trabalhado é o lixo. Temos muito o que avançar, desde coisas simples como colocar o lixo no seu devido lugar até a estruturação de ações que possibilitem um melhor gerenciamento do lixo, com separação, coleta seletiva e reciclagem".
Menos agrotóxico, mais qualidade de vida
O respeito ao meio ambiente também ganhou o paladar dos professores com o almoço ecológico. Além disso, do lado de fora da centro comunitário do assentamento, uma feira de produtos agroecológicos atraiu os participantes, que saíram com as bolsas cheias de frutas, cucas, mel, bolachas, feijão e arroz, contribuindo para a economia e desenvolvimento local, além da própria saúde.
"Isso é o que chamamos de consumo consciente: nós, os produtores e a natureza, todos saímos ganhando", ressalta Rose Mary Freitas, acrescentando que a atividade do Fórum se estende por toda a tarde de hoje. De acordo com Rose, a programação do dia inclui oficina sobre reutilização de óleo de cozinha, palestra com Agostinho Verá com enfoque na relação dos índios Guarani com a natureza e a organização de trabalhos em grupo. O próximo encontro do Fórum deve ser realizado dia 30 de junho, em Maquine, conforme cronograma que vai até dezembro.

skype: nanda.barreto
facebook.com/nandabarreto
 

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Temáticas do fórum para este ano

Sustentabilidade, energias renováveis, poluição visual e sonora, reciclagem, hortas orgânicas escolares e em locais restritos, artesanato com materiais recicláveis, lixo/coleta seletiva e compostagem, conscientização do coletivo da escola, geobiologia (oficinas para as escolas), plantas medicinais, reaproveitamento de alimentos, questão nuclear, alimentos orgânicos, bacia hidrográfica do Gravataí, uso da água, alimentação saudável e interferência dos alimentos na aprendizagem, medicina alternativa, reeducação dos hábitos de consumo, plantio de nativas, ambiente X cultura indígena e sua relação com a terra, reaproveitamento do óleo de cozinha, confecção de papel artesanal, paisagismo, como fazer projetos ambientais, conceito de educação ambiental, permacultura, bioconstrução, agroecologia, sementes crioulas.

Sítios virtuais para você visitar:

http://www.ecocentro.org/inicio.do